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Elaine Paiva Silva – Psicóloga Cognitiva Comportamental
Graduada em Psicologia pela UMESP, capacitação em Terapia Cognitivo-Comportamental, focada em atendimento psicológico.  Atendendo em Clínica Particular.
E-mail: psicóloga.elainepaiva@gmail.com

RESUMO:


​​​​​Este artigo visa apresentar o conceito de solidão, a forma como é experenciada, e o olhar da psicologia em relação a esse tema.

​Palavras Chave: Solidão, sensação de vazio, isolamento.


Solidão é aquela sensação de vazio, desamparo e isolamento que muitas pessoas já sentiram ou sentem, seja por escolha ou por força das circunstâncias.
 

Solidão e outras coisas!

Como lidar com ela? Por que nos sentimos solitários até mesmo em meio à multidão? Por que às vezes é tão ruim, mas, às vezes  tão bom? Por que?
Estar em companhia de alguém não é necessariamente estar acompanhado, e estar só não significa sentir-se só. Sentir solidão não é estar sozinho, mas, sentir-se desamparado, ter sensações de vazio e isolamento que podem, sim, ser sentidos na presença de outra pessoa, ou talvez porque esta pessoa não possui  vínculos significativos conosco, ou seja, é aquele tipo de relação com o sujeito em que você compartilha algum tipo de trabalho ou atividade, porque foi unida a ela por um objetivo comum (trabalho / escola, etc.) e não por um desejo genuíno de estar com aquela pessoa, por ser seu amigo, confidente de segredos. Ou temos pessoas queridas ao nosso lado, mas, a qualidade da relação foi prejudicada por algum motivo. Pensar na solidão nos leva à reflexão dos nossos relacionamentos, e a qualidade dessas relações...

 

Estar sozinho pode ser uma experiência positiva, aquele momento em que você está consigo mesmo, que entra em sintonia com seus pensamentos. É uma possibilidade de autoconhecimento, um momento para reflexão e crescimento e não necessariamente estar sozinho é sentir-se sozinho, o problema é quando nem você está sendo uma boa companhia para si mesmo.

Já os solitários por opção escolhem ser desta forma, porque essa condição oferece-lhe mais vantagens, e esta escolha está intimamente ligada a sua experiência de vida (ao longo da sua trajetória, as coisas foram acontecendo de forma que hoje você pode ver o “estar só” como algo bom ou ruim, seja isso aprendido através de situações positivas e/ou negativas).
A falta de relacionamentos profundos pode desencadear a solidão como consequência. É uma escolha, e cada escolha possui vantagens e desvantagens, ônus e bônus. Infelizmente, você pode escolher ser sozinho e ao mesmo tempo pode ser acometido pelos sentimentos ruins da solidão. Cada escolha oferece benefícios; ter amigos para dividir os fardos da vida é cada vez mais desejável. Afinal, carregar as preocupações, conflitos e estresse sozinho fica pesado, e mais leve quando podemos compartilhar com alguém que nos identificamos; afinal, quando não temos com quem compartilhar carregamos tudo sozinho, não é? Ficar sozinho pode ter também suas vantagens, como  não dar satisfação a ninguém, fazer o que bem entender sem dar explicações, sem ser julgado, não ter que cuidar de outro, etc.
Ou será que essa escolha é por não se permitir vivenciar relações intensas? Ou ainda por ter vivenciado uma história em que as amizades deram mais confusão do que “o ombro amigo”, conselhos, companheirismo e diversão? Como dissemos, toda escolha é pautada em reforços, ou seja, a recompensa por um dado comportamento. Cabe a cada um analisar as vantagens e desvantagens e escolher  para si  a melhor opção, mas, é importante ressaltar que essa escolha seja realizada de forma consciente, se for assim, tudo bem, você pensou e decidiu ter amigos ou não. Prejudicial é quando você decide algo baseado em hipóteses irreais, quando decide não ter amizades por medo, evitando situações aversivas que já aconteceram, mesmo sem evidências consistentes que confirmem sua provável ocorrência no presente e futuro.

Existem muitas formas de se tratar a solidão, mas o primeiro passo e mais recomendado é fazer terapia, para descobrirmos o porquê dos nossos sentimentos e reescrever nossa história, modificando-a e sendo modificada por ela.


 

REFERÊNCIAS:


MACHADO, Luciana Rosa. Solidão, que nada! Instituto de Psicologia Comportamental, São Paulo, Out/2006. Disponível em: <http://ipc.psico.net/solidao-que-nada/>. Acesso em: 30 de Novembro 2012.

 

MOREIRA, M. B., & MEDEIROS, C. A. Princípios básicos de análise do comportamento. Porto Alegre: Artmed, 2007. 221 p.

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